Eu com 24 anos de idade, pude acompanhar de perto a política
partidária da minha cidade. Na corrida eleitoral para uma vaga de vereador ou
prefeito, puder entender a facilidade que um candidato tem para comprar um
voto.
É isso mesmo, nos tempos de hoje, não precisa o candidato ir
ao encontro do eleitor para comprar seu voto. O próprio aparece oferecendo seu
futuro em troca de bens não duráveis.
Sinto-me envergonhado de ser, primeiro brasileiro, baiano e
por fim Rui-barbosense. Não digo em uma coligação, mas sim de um povo (não são
todos) que, por sua vez, vai de encontro desses corruptos (quem compra também é
corrupto) oferecendo sua única arma para ter dias melhores, em troca de matérias
de construção, um exame ou até mesmo um botijão.
Desanimo quando penso em lutar por dias melhores, sendo que
os oprimidos fazem papel de opressores. Nessa estação o povo se separa para
lutar a favor dos grupos políticos infestados de corruptos (em sua grande
maioria). Por sua vez, arrependo-me de ter conhecido a política suja da nossa
cidade – Estado – Pais.
Com muita decepção: Júnior Queiroz, 16 de outubro de
2016.