Quatro anos atrás, comandada pelo então treinador Mano Menezes, a seleção brasileira enfretou o Paraguai nas quartas de final da Copa América. Empate no tempo normal e derrota nos pênaltis. Quatro anos depois, desta vez com a competição realizada no Chile, e agora sob comando de Dunga, o Brasil decepcionou novamente.
O confronto terminou empatado no tempo normal em 1 a 1, com gols de Robinho e González. Nas penalidades, o time brasileiro levou a pior como em 2011. Éverton Ribeiro e Douglas Costa bateram para fora, enquanto apenas o experiente Roque Santa Cruz perdeu para seleção do Paraguai.
O Brasil, logo com 1 minuto, mostrou o cartão de visitar. O meia Phillipe Coutinho arriscou um chute de muito longe e colocou o goleiro do Paraguai para trabalhar. O arremate, mesmo no meio do gol, apresentou muitas dificuldades para o arqueiro paraguaio.
O jogo nos primeiros 15 minutos foi muito truncado. Erros de passes dos dois lados e pouca criatividade, até que o Brasil construiu uma linda jogada e abriu o placar. O lance começou com Fernandinho, no campo defensivo, e passou por diversos atletas. Daniel Alves avançou pela direita e cruzou para área. Robinho apareceu sem marcação e finalizou: Brasil 1x0.
Brasil e Paraguai fizeram um primeiro tempo ruim bem abaixo do que podem, tecnicamente falando. Os paraguaios, em lances de bola parada, tentavam chegar ao empate mas esbarravam na boa atuação defensiva do time canarinho.
O time comandado por Dunga, por outro lado, apresentou os mesmos erros dos jogos anteriores. Posse de bola maior, porém, pouca objetiva. Robinho, Coutinho e William não se encontravam para abastecer Roberto Firmino.
Foram 45 minutos decepcionantes.
Segundo tempo
O Paraguai, com 2 minutos, já tentou igualar o marcador. O atacante Valdez recebeu um belo lançamento, ficou de frente para o goleiro Jeferson, mas o lance não valeu. O auxiliar, para sorte do BRasil, viu posição irregular do avançado do Paraguai.
Aos 5, o meia Derlis González cobrou falta com muita força e o goleiro do BRasil foi obrigado a fazer boa defesa. Pouco depois, através de cruzamento, o atacante Valdez cabeceou e mandou para fora. Os brasileiros, muito timidamente, chegaram apenas em finalizações de Robinho e Roberto Firmino. Os chutes foram ruins e sem direção.
Aos 15, após cruzamento, o zagueiro Paulo da Silva cabeceou no canto esquerdo e o goleiro Jeferson estava lá, novamente, bem posicionado. Bela defesa e manutenção do resultado positivo para o Brasil. O Paraguai insistiu na jogada aérea o tempo todo, até que conseguiu criar uma chance de gol em cobrança de pênalti. Como no jogo da Liga dos Campeões, contra o Chelsea, o zagueiro Thiago Silva tentou cortar o cruzamento e antes disso tocou com a mão na bola: Pênalti.
Na cobrança, González não decepcionou. Bateu forte no canto direito e deixou tudo igual no placar: Brasil 1x1 Paraguai. A seleção do Paraguai não se contentou apenas com o empate. Queria mais! O Brasil criou uma jogada pelo lado esquerdo, errou passe e cedeu contra-ataque. Bobadilla aproveitou o espaço nas costas de Felipe Luis, entrou na área e finalizou. Jeferson estava atento e espalmou.
O Brasil, que novamente não jogava bem, resolveu acordar aos 36 minutos. Philippe Coutinho fez jogada individual, pela esquerda, e finalizou para defesa de Justo Villar.
O empenho das duas equipes não foi suficiente para evitar a disputa por pênaltis:
Brasil: (O) (X) (O) (X) (O)
Paraguai: (O) (O) (O) (X) (O)
FICHA TÉCNICA
BRASIL X PARAGUAI
Copa América - Quartas de final
Local: Estádio Collao, em Concepción (Chile)
Data: 27 de junho de 2015, sábado
Árbitro: Andres Cunha (URU)
Assistentes: Mauricio Espinosa (URU) e Carlos Pastorino (URU)
Cartões amarelos: Daniel Alves, Thiago Silva Philippe Coutinho / Bruno Valdez, Martínez, Pablo Aguillar
Gols: Robinho / Derlis González
BRASIL: Jefferson; Daniel Alves, Thiago Silva, Miranda e Filipe Luís; Fernandinho, Elias, Willian (Douglas Costa), Philippe Coutinho e Robinho (Everton Ribeiro); Roberto Firmino (Diego Tardelli). Técnico: Dunga
PARAGUAI: Justo Villar; Bruno Valdez, Paulo da Silva, Pablo Aguilar e Iván Piris; Derlis González, Aranda (Martínez), Cáceres e Édgar Benítez (Romero); Roque Santa Cruz e Nelson Haedo Valdez (Bobadilla). Técnico: Ramón Díaz