Mas na semana passada, ela descobriu que o volume, na verdade, era um feto de um bebê que ela perdeu há mais de 60 anos e que continuou com ela durante todo esse tempo.
Estela, uma dona de casa humilde que vive em Santo Antonio (na costa chilena), só descobriu a história toda porque foi levada ao hospital depois de machucar o cotovelo durante uma queda.
A médica que lhe atendeu se surpreendeu com a protuberância e com o resultado do raio-X, e pediu novos exames, que acabaram confirmando sua suspeita: o volume na barriga de Estela era, na verdade, um feto calcificado.
Ou seja, um feto que morreu e, como tinha cada vez menos sangue, teve seus tecidos dissecados.
"Quando um idoso sofre uma queda, pedimos uma radiografia de quadril para descartar fraturas de pélvis. E no raio-X havia uma imagem própria de uma coluna vertebral de um feto", explicou à BBC Mundo Dagoberto Duarte, diretor de Serviço de Saúde do serviço de saúde da região de Valparaíso.
Segundo ele, pelos exames, os médicos calcularam que o feto tinha cerca de 30 semanas e estava se desenvolvendo fora do útero.