Fotos de voluntários brasileiros na Ucrânia facilitariam ataques russos
Internauta culpa brasileiros por mortes em base militar
“(...) eles (os brasileiros) só gastaram carregando fotos no Instagram para ganhar curtidas e, por causa disso, os russos atacaram o acampamento.”
Não há comprovação que as publicações de brasileiros nas redes sociais contribuíram para as mortes, mas é fato que as forças russas lançaram vários ataques aéreos contra um centro de treinamento militar nos arredores da cidade de Lviv, no oeste da Ucrânia, perto da fronteira com a Polônia.
Brasileiro fez vídeo após fugir de ataque russo
Esta base concentrava voluntários e mercenários estrangeiros que se juntaram às forças ucranianas na luta contra as tropas russas. O grupo é chamado de Legião Internacional de Defesa do Território da Ucrânia.
Nas redes sociais, brasileiros disseram ter deixado a área militar na região de Lviv horas antes do bombardeio.
Fazia parte do grupo o instrutor de tiro Tiago Rossi, de Maringá, no Paraná. Ele disse em vídeo que teve de fugir após aviões russos atacarem integrantes da Legião Internacional. "Não imaginava o que era uma guerra”, afirmou o brasileiro na publicação.
"Lá (na base) tinha militares das forças especiais do mundo inteiro. As informações que a gente tem é que todo mundo morreu. Eles (russos) acabaram com tudo. Vocês não estão entendendo, acabou, acabou. A Legião foi exterminada de uma vez só. Eu não imaginava o que era uma guerra”, completou.
Até então, Rossi se vangloriava do fato de ter viajado até a Ucrânia para a luta armada. Ele virou notícia em sua cidade e em seu estado. Chegou a ser tratado como herói por seguidores nas redes sociais, a maioria defensores de armamento da população civil e eleitor de Bolsonaro.
Muitos ucranianos fugiram para a relativa segurança de Lviv desde que a invasão russa de seu país começou, em fevereiro. A uma curta distância da Polônia, a cidade também é um centro de trânsito para quem sai da Ucrânia.
Ex-soldados são pagos para resgatar famílias
O governo ucraniano criou um site para recrutar estrangeiros com formação militar para a Legião Internacional de Defesa do Território, com contato de consulados e embaixadas ucranianas espalhadas pelo mundo, incluindo o Brasil.
Ex-soldados multilíngues estão sendo recrutados em todo o mundo por US$ 2 mil ao dia (o equivalente a R$ 10 mil) para ajudar no resgate de famílias, aponta reportagem da BBC.
Fonte: O tempo