Pular para o conteúdo principal

Putin diz que negociações com a Ucrânia chegaram a "beco sem saída"


Presidente russo disse que sem acordo com a Ucrânia, a guerra vai continuar, já que a invasão tem "objetivos nobres"

presidente da Rússia, Vladimir Putin , disse nesta terça-feira que as negociações de paz com a Ucrânia chegaram a um "beco sem saída" porque Kiev mudou as posições que havia apresentado no encontro dos negociadores em Istambul, em 29 de março. Sem um acordo, disse ele,"a operação militar continuará".


Putin afirmou ainda que a invasão tem "objetivos nobres" de proteger as regiões separatistas do Leste da Ucrânia e que a Rússia “não tinha escolha”. Ele fez as declarações ao lado do presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, durante uma visita ao cosmódromo de Vostochni, perto da fronteira chinesa.

O presidente russo enfatizou especificamente o objetivo de controlar a região Donbass, no Leste ucraniano, que inclui parte das províncias Donetsk e Luhansk, onde os separatistas pró-Moscou declararam independência , reconhecida pelo Kremlin um dia antes da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro.

"O que estamos fazendo é para ajudar as pessoas, salvar pessoas de um lado, e do outro estamos trabalhando para garantir a segurança da Rússia. Obviamente, não tínhamos escolha e essa é a decisão certa", disse.

Ele afirmou ainda que a ofensiva prosseguirá com "calma", para minimizar baixas.

"A nossa missão é cumprir os objetivos traçados minimizando as perdas, vamos atuar de forma harmoniosa, tranquila, de acordo com o plano proposto desde o início pelo Estado-Maior."

A guerra — que Putin chama de “operação militar especial” — já obrigou mais de 4,4 milhões de ucranianos a fugirem do país , deslocou internamente outros 6,5 milhões, além de causar milhares de mortes de civis e soldados dos dois países.

"Temos objetivos nobres. Isso é o que acontecerá: protegeremos o Donbass. Isso é o que vai acontecer, não há dúvidas", afirmou. "O principal objetivo é ajudar as pessoas do Donbass, que nós reconhecemos [como repúblicas independentes], e devemos fazer porque as autoridades de Kiev, encorajadas pelo Ocidente, se negavam a implementar os Acordos de Minsk para uma resolução pacífica dos problemas na região."

Ao se referir ao estancamento das negociações, Putin retoma o que disse o chanceler russo, Sergei Lavrov, em 7 de abril. Na ocasião, Lavrov afirmou que Kiev havia apresentado um novo esboço de tratado de paz no qual cláusulas já acordadas no encontro de Istambul sofreram alterações.

Segundo Lavrov, no final de março Kiev concordara inicialmente que as garantias de segurança que seriam dadas à Ucrânia por um grupo de países não se aplicariam à Península da Crimeia, anexada militarmente pela Rússia em 2014. Disse, também, que qualquer exercício militar poderia ser realizado pela Ucrânia apenas com o consentimento de todos os países garantidores, incluindo a Rússia . Segundo o chanceler russo, no entanto, no novo projeto de documento este parágrafo é substituído pela necessidade de obter o consentimento da maioria dos países garantidores.

Na ocasião, o negociador-chefe de Kiev, Mikhail Podolyak, afirmou que Lavrov não estava diretamente envolvido nas negociações e suas declarações eram "de significado puramente propagandístico".

Hoje, o presidente russo acrescentou ter sido informado que o lado ucraniano voltou a mudar suas propostas para um acordo na noite de segunda-feira.


"Tal falta de coerência em pontos fundamentais cria dificuldades", disse.

Já a proteção da região de Donbass foi a alegação inicial para a invasão da Ucrânia, mas inicialmente se viu que as ações russas tinham objetivos maiores, com tentativas de conquistar as grandes cidades do país, como Kiev e Kharkiv. No entanto, a resistência inesperada das forças da Ucrânia fez a Rússia anunciar no final de março uma nova estratégia. Há duas semanas, o Kremlin disse que voltou ao plano de “liberar” as regiões separatistas e anunciou a retirada das tropas da região de Kiev, no Norte da Ucrânia.

Para os russos, as forças militares ucranianas causaram “um genocídio” no Donbass entre 2014 e 2022, quando, após a anexação unilateral da Crimeia por Moscou, grupos separatistas pró-Rússia começaram a combater o Exército ucraniano na região.

"Nossos soldados participam de uma operação militar especial em Donbass, na Ucrânia, onde oferecem sua ajuda às Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk. Eles agem com bravura, competência e efetivamente usam as armas mais modernas", acrescentou Putin.

Os Acordos de Minsk I e II, citados por Putin, foram firmados em 2015 por Moscou e Kiev, com mediação de França e Alemanha, e nenhum dos lados cumpriu seus artigos que serviu, basicamente, para um cessar-fogo apenas temporário em Donbass. Entre os principais pontos dos acordos, estava que a Ucrânia deveria dar o status de "regiões autônomas" a Donetsk e Luhansk. Já os russos deveriam parar de fornecer armas e equipamentos militares, além de treinamento, para as milícias separatistas.

Fonte:IG último segundo

Postagens mais visitadas deste blog

Crianças de 8 e 9 anos que se esconderam em cima de estepe de caminhão para conhecer praia na Bahia

Duas crianças foram encontradas escondidas em cima do estepe de um caminhão, na BR-101, em trecho da cidade de Rio Real, a cerca de 200 quilômetros de Salvador. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), elas contaram que saíram do município de Itabaianinha, em Sergipe, com o objetivo de ir à praia. Segundo a PRF, as crianças, de 8 e 9 anos, foram resgatadas por uma equipe do órgão, na madrugada de segunda-feira (15). O caminhão estava estacionado em um posto de combustíveis localizado no km 7 da rodovia. Não há informações de como as crianças entraram no veículo. De acordo com informações passadas pelo segurança do posto para PRF, as crianças estavam sozinhas. O Conselho Tutelar de Cristinápolis, cidade sergipana, foi acionado e assumiu a responsabilidade sob a dupla. A PRF informou que as crianças foram alimentadas e encaminhadas de volta para Itabaianinha por conselheiros tutelares. Fonte: G1

Indígena é espancada até a morte e tem corpo jogado dentro de casa em chamas

Um indígena de 44 anos foi espancada até a morte e teve o corpo jogado em uma casa em chamas, na cidade de Prado, no extremo sul da Bahia. Segundo a Polícia Civil do município, quatro suspeitos de cometerem o crime foram presos. O crime aconteceu na noite de domingo (14), na Aldeia Corumbalzinho, e as prisões ocorreram após uma operação feita na segunda-feira (15), segundo informações passadas pela 8ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Teixeira de Freitas). As investigações apontaram que os suspeitos cometeram o crime ao considerarem Miscilene Dajuda Conceição, responsável pela morte do marido dela, Lucimar Rocha da Silva, de 40 anos. De acordo com a 8ª Coorpin/Teixeira de Freitas, Lucimar, que também era indígena, morreu durante um incêndio na casa que morava com Miscilene, por volta das 19h de domingo, provocado por ele mesmo. As investigações apontaram que o indígena jogou gasolina e ateou fogo em um dinheiro e que as chamas se espalharam pela casa. O fato teria

Homem surta e esfaqueia três colegas de trabalho em fábrica de sapatos

Um homem esfaqueou três colegas de trabalho na quinta-feira (11), em uma fábrica de calçados, no município de Jequié, região sudoeste do estado. De acordo com informações da Polícia Militar, as vítimas estavam no horário de almoço quando foram surpreendidas pelo agressor. Os feridos foram socorridos e levados para o Hospital Geral Prado Valadares. As identidades do suspeito e das vítimas não foram divulgadas pela polícia. A motivação das tentativas de homicídio está investigada pela Polícia Civil. Em nota, a PM informou que policiais do 19º BPM foram acionados para averiguar informação sobre pessoas feridas com golpes de arma branca no Distrito Industrial de Jequié. Ao chegarem, os militares constataram o fato. Três vítimas já haviam sido socorridas por populares para uma unidade de saúde da região. Buscas foram feitas e um suspeito foi localizado, preso e apresentado na delegacia que atende a região, onde a ocorrência foi registrada. Fonte: Alô Juca